Série Voo 370: O Avião Que Desapareceu – Conheça a história real

O Voo 370 da Malaysia Airlines foi um dos mais enigmáticos incidentes da história da aviação comercial. O avião, um Boeing 777-200ER, desapareceu em 8 de março de 2014, enquanto voava de Kuala Lumpur, Malásia, para Pequim, China, com 239 pessoas a bordo. Até hoje, a causa do desaparecimento do avião e o destino de seus passageiros e tripulantes permanecem desconhecidos.

A história do Voo 370 começou quando o avião decolou do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, às 00h41min, no horário local, com destino a Pequim. A bordo, havia 227 passageiros e 12 tripulantes, incluindo dois pilotos experientes: o capitão Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos, e o copiloto Fariq Abdul Hamid, de 27 anos.

Por volta das 01h19min, o avião entrou no espaço aéreo vietnamita, mas não se comunicou com o controle de tráfego aéreo do país, como deveria. O avião continuou voando em direção ao Mar do Sul da China, mas desapareceu dos radares do controle de tráfego aéreo de Kuala Lumpur às 01h21min. Desde então, ninguém mais teve contato com o avião.

Operações de busca

O desaparecimento do Voo 370 desencadeou uma das maiores operações de busca e salvamento da história da aviação. As autoridades da Malásia lideraram a investigação, com a ajuda de outros países, incluindo a China, Austrália, Estados Unidos, Reino Unido e França.

Durante as primeiras semanas, as equipes de busca e salvamento concentraram-se na área ao redor da última localização conhecida do avião. No entanto, as buscas se estenderam a outras áreas do Oceano Índico, à medida que os especialistas em radar e os dados de satélite indicavam que o avião poderia ter voado por horas além de seu último ponto conhecido.

Imagem: jornalismo

Curiosidade

Curiosamente, o Voo 370 não foi o primeiro avião a desaparecer naquela área. Em 2009, o Voo 447 da Air France desapareceu enquanto voava do Rio de Janeiro, Brasil, para Paris, França, com 228 pessoas a bordo. O avião foi encontrado dois anos depois, a 3.900 metros de profundidade no Oceano Atlântico, e a causa do acidente foi atribuída a um problema técnico com os sensores de velocidade da aeronave.

Em 2014, o desaparecimento do Voo 370 chamou a atenção do mundo inteiro e gerou uma série de teorias e especulações. Algumas pessoas acreditavam que o avião havia sido sequestrado por terroristas, enquanto outras teorias afirmavam que o avião havia caído no mar devido a um erro mecânico ou falha humana.

A investigação

A investigação oficial do desaparecimento do Voo 370 durou mais de quatro anos e envolveu especialistas em aviação, engenheiros, investigadores de segurança nacional e outros especialistas. Eles analisaram milhares de horas de gravações de dados de voo, entrevistaram testemunhas e familiares dos passageiros e tripulantes, realizaram análises de radar e satélite e realizaram buscas no fundo do mar em áreas de possível impacto do avião.

Em julho de 2018, a investigação oficial foi encerrada sem uma conclusão definitiva sobre o que aconteceu com o Voo 370. O relatório final afirmou que não havia evidências suficientes para determinar a causa do desaparecimento e declarou que a investigação havia sido esgotada.

No entanto, o relatório também apontou várias falhas no sistema de segurança da Malaysia Airlines e recomendou que a indústria da aviação adotasse medidas para evitar a perda de contato com aeronaves em voos comerciais.

Teorias do que pode ter acontecido

Uma das teorias mais populares sobre o desaparecimento do Voo 370 é que o avião caiu no Oceano Índico depois de ficar sem combustível. De acordo com essa teoria, o avião teria voado por horas após desaparecer dos radares e, eventualmente, caído no mar em algum lugar remoto da costa da Austrália.

Em 2015, um pedaço de asa do avião foi encontrado na Ilha de La Réunion, no Oceano Índico, a cerca de 4.000 km do local do desaparecimento do avião. Várias outras peças foram encontradas em praias próximas à costa da África Oriental. A descoberta dessas peças deu aos investigadores uma pista importante sobre o destino do avião, mas ainda não foi possível determinar a causa do acidente.

Outra teoria sugere que o desaparecimento do Voo 370 foi causado por um ato criminoso cometido por um ou ambos os pilotos. Em 2018, o especialista em aviação William Langewiesche publicou um artigo na revista The Atlantic em que defendia essa teoria. Langewiesche argumentou que o capitão Zaharie Ahmad Shah, um piloto experiente e bem respeitado, pode ter deliberadamente derrubado o avião em um ato de suicídio.

No entanto, essa teoria foi amplamente criticada por outros especialistas em aviação e por familiares dos passageiros e tripulantes do voo. Eles argumentaram que não havia evidências suficientes para apoiar a ideia de que um ou ambos os pilotos eram responsáveis pelo desaparecimento do avião.

O desaparecimento do Voo 370 continua sendo um mistério até hoje e é lembrado como um dos incidentes mais trágicos e enigmáticos da história da aviação. A perda de vidas e a dor causada aos familiares dos passageiros e tripulantes são um lembrete da importância da segurança em voos comerciais e da necessidade de melhorar a tecnologia de comunicação e localização de aeronaves em todo o mundo.

A Série na Netflix

Baseada neste fato real, a série documental disponível na plataforma Netflix apresenta um rico material com a participação de especialistas, familiares, jornalistas e teóricos intrigados pelo caso do Voo 370 da Malaysia Airlines. Dividida em três capítulos, cada um deles se dedica a explicar detalhes importantes relacionados ao enigma.

No primeiro episódio, intitulado “O Piloto”, é investigada a trajetória do comandante Zaharie Ahmad Shah, principal suspeito do caso, incluindo seu histórico de vida e suas habilidades enquanto piloto. O segundo episódio, “O Sequestro”, analisa uma das teorias que sugere que o avião foi alvo de grupos militares ou terroristas. Já no terceiro e último episódio, “A Interceptação”, é examinada outra hipótese que alega que a aeronave estava carregando uma carga suspeita sem o conhecimento dos tripulantes.

Trailer:

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